A ACICE – Associação Comercial e Industrial do Concelho de Esposende, apresentou no passado dia 30 de Novembro os resultados do estudo de impacto do período balnear, na economia do concelho de Esposende.
Este estudo foi motivado pela clara percepção do aumento do número de pessoas no concelho de Esposende durante o período balnear de 2016.
Quer através de um questionário, quer através de dados financeiros provenientes do envolvimento dos gabinetes de contabilidade neste estudo, foi possível obter resultados claros e de acordo com a realidade económica vivida durante os meses de Junho, Julho e Agosto de 2016.
Estes dados permitiram uma comparação com período homologo do ano de 2015, ao mesmo tempo que permitiram perceber melhor os hábitos de consumo dos turistas, visitantes e emigrantes, que visitaram o concelho no verão.
Através deste estudo a ACICE conseguiu ainda perceber o impacto as actividades de animação realizadas durante o mês de Agosto, nomeadamente no que respeita à atracção de pessoas e ao volume de negócio gerado.
Com total objectividade pode assim a ACICE redefinir ou manter estratégias de apoio ao tecido empresarial, de acordo com a realidade económica do concelho, num período excepcional.
Nota de Imprensa
Num país em que o crescimento do turismo tem sido evidente nos últimos anos, são inúmeras as estratégias de atração de pessoas que os concelhos vão usando, de acordo com as suas características históricas, naturais ou geográficas.
O norte do país e o concelho de Esposende em particular, não se alhearam desta realidade e têm vindo a adotar novas estratégias de atração de pessoas, com claros e evidentes resultados, principalmente, no período Balnear de 2016.
De facto, associar as características naturais e geográficas do concelho de Esposende a um variado cartaz cultural, com inúmeros projetos de animação, foi uma receita de sucesso que assegurou um Verão de 2016 dos mais concorridos.
Bastou andar pelas ruas para constatar o elevado número de pessoas que veio até Esposende durante o período balnear, tornando este um dos melhores Verões dos últimos anos.
Tendo por base esta realidade, a ACICE elaborou em parceria com 115 empresas suas Associadas, dos setores da hotelaria e restauração, comércio alimentar e não alimentar, um levantamento informativo que veio confirmar aquilo que foi evidente para todos os Esposendenses.
De facto, o Verão 2016 foi efetivamente superior aos anos anteriores, quer no que ao volume de negócios diz respeito, quer no aumento de clientes nas diferentes áreas de negócio, nomeadamente no comércio, hotelaria e restauração.
Foi ainda aferido nesta consulta às empresas, que parte deste acréscimo de pessoas, se deveu ao crescente fenómeno de popularidade que o concelho assume fora das suas fronteiras geográficas, quer pelas suas características naturais, quer pela oferta cultural que disponibiliza, amplamente divulgadas, numa estratégia do Município, mas também das Associações e Empresários locais.
Tal divulgação, faz com que Esposende se assuma como escolha principal de muitos turistas, ao mesmo tempo que se impõe novamente como destino de eleição para a nossa comunidade emigrante, (especialmente junto dos mais novos) e ainda como destino para visitantes nacionais.
Esta dinâmica, cujos resultados foram claramente percetíveis ao longo do período balnear e agora confirmados pela ACICE junto dos seus Associados, assume-se como vital para o desenvolvimento do tecido empresarial local, potenciando mais riqueza e mais emprego.
Para a maioria das empresas, existiu um efetivo aumento do volume de negócios, tendo sido Julho o mês onde esse aumento mais se verificou, comparativamente com o período homólogo do ano anterior. Esse aumento, segundo os mesmos, deveu-se ao crescimento do número de turistas que se verificou já no mês de Junho.
Expressões como, “foi o melhor Verão dos últimos anos”, ou “não tínhamos um Verão como este desde o início da crise” e “Esposende nunca teve tanta gente como neste Verão” são frequentemente ouvidas aquando da consulta às empresas e às pessoas.
Quando questionados acerca da comparação que fazem entre o período de Verão de 2015 e 2016, cerca de 80% dos empresários inquiridos afirma que o volume de negócios de 2016 foi superior ao de 2015, tendo esse aumento um impacto positivo no negócio.
Esta percentagem aumenta para os 83% quando questionados, acerca do impacto na economia local, que os eventos de Verão tiveram.
Ao analisar por setor de atividade, verifica-se que, apesar do melhor mês do trimestre de Verão ser o Agosto, o maior aumento de volume de negócios foi verificado em Julho.
No setor do comércio não alimentar, o crescimento de volume de negócios do Verão de 2015 para o Verão de 2016 foi de cerca de 15,6%, enquanto no comércio alimentar o crescimento foi de pouco mais de 6%.
No que respeita aos setores tradicionalmente mais associados ao turismo, o crescimento assume valores bem mais expressivos, sendo que no setor da restauração, o crescimento foi de 24,8%, enquanto nos cafés e bares, o crescimento foi de 33,5%, no Verão de 2016, quando comparado com o período homólogo do ano anterior.
Associado ao aumento do volume de negócios decorrente do aumento do número de turistas e visitantes, está também a empregabilidade que registou também ela um aumento durante este período.
Foram cerca de 50%, dos empresários inquiridos, que contrataram pessoas durante este período, sendo que 20% desses empresários manifestaram a sua intenção de manter esses postos de trabalho, após terminar o período balnear.
Ainda que a redução das taxas de desemprego contemple a sazonalidade associada a este período, a verdade é que a mesma foi bastante acentuada em 2016, tendo-se registado uma redução de 105 pessoas inscritas no centro de emprego no concelho de Esposende. Estima-se que este número seja superior a 250 se falarmos do emprego não registado oficialmente ou em part time.
São mais de 250 pessoas que são absorvidas pelo mercado de trabalho, fruto da excecionalidade desta época balnear, pessoas essas que recebem uma nova oportunidade de trabalho, formação e experiência profissional.
Apesar da sazonalidade destes postos de trabalho, a verdade é que muitos deles se tornam efetivos com o final do período balnear, o que representa uma redução efetiva dos números do desemprego no Concelho.
Quando questionados sobre o aumento do número de pessoas que visitaram Esposende, 90% dos empresários consideram que houve mais pessoas em Esposende comparativamente com os anos anteriores, considerando, mais de 55% dos empresários, que esse aumento deveu-se a turistas, seguido dos emigrantes (26%) e cerca de 17% dos empresários consideraram que o aumento deveu-se a visitantes que passavam, por períodos pequenos, por Esposende.
Pode afirmar-se com segurança que o período balnear em 2016 trouxe um incremento médio de cerca de 20% no volume de negócios das empresas dos setores em análise (Comércio não alimentar, alimentar, restauração e alojamento), que representa riqueza que foi gerada no concelho e para o concelho.
Riqueza que outrora foi sendo canalizada para outras zonas do país, ou até outros países e que agora, fruto da conjuntura internacional, mas também fruto da dinâmica e do trabalho de todos os agentes económicos, políticos e sociais vem para Esposende.
Verifica-se que a dinâmica assumida pelo Município, pelas Associações, Comissões de Festas, Movimentos Cívicos, Empresas e pelos Esposendenses está a resultar, está a potenciar a qualidade do nosso território, dos nossos serviços, das nossas gentes, sendo procurada cada vez por mais pessoas.
Naturalmente que se pode discutir as opções e estratégia assumidas pelos agentes dinamizadores, seja na forma, no contexto ou no tempo, contudo deve reconhecer-se resultado e participar na criação de condições para uma melhoria sustentada, com resultados ainda melhores.
Uma participação responsável, com lugar à crítica construtiva, com Esposende como prioridade, na certeza que não há soluções milagrosas nem verdades absolutas, mas sim uma comunidade forte, coesa e pronta para enfrentar todos os desafios que se traduzam na melhoria das condições de vida das pessoas e das empresas.