O ministro das Finanças e o ministro da Economia apresentaram quarta-feira, 18 de março, medidas que visam mitigar as consequências económicas do novo coronavírus, “que sabemos que serão fortes para famílias e empresas”. Em causa está a flexibilização do pagamento de impostos.
No que diz respeito a impostos, o ministro garantiu uma “flexibilização” nos pagamento de impostos e das contribuições sociais no segundo trimestre de 2020.
— IRC: adiamento do pagamento especial por conta de 31 de março para 30 de junho; prorrogação da entrega do modelo 22 para 31 de julho deste ano; prorrogação do primeiro pagamento por conta e o primeiro pagamento adicional por conta de 31 de julho para 31 de agosto.
—IVA e retenções na fonte de IRS e IRC: na data de vencimento da obrigação de pagamento a mesma pode ser cumprida de uma das seguintes formas:
1) pagamento nos termos habituais;
2) pagamento fracionado em três prestações mensais sem juros;
3) pagamento em fracionais em seis prestações mensais, sendo aplicados apenas juros de mora às ultimas três.
Para qualquer uma destas situações não será necessário pessoas ou empresas prestarem garantias.
Em causa está o IVA nos regimes mensal e trimestral e a entrega ao Estado das retenções na fonte de IRS e IRC.
A medida é aplicável a trabalhadores independentes e empresas com volume de negócios até 10 milhões de euros em 2018 ou com início de atividade a partir de 1 de janeiro de 2019.
As restantes empresas ou trabalhadores independentes podem requerer a mesma flexibilização nos pagamentos destas obrigações fiscais no segundo trimestre quando tenham verificado uma diminuição do volume de negócios de pelo menos 20% na média dos três meses anteriores à obrigação, face ao período homólogo do ano anterior.
Execuções fiscais:
O governo decidiu ainda suspender por três meses os processos de execução na área fiscal e contributiva que estejam em curso ou que venham a ser instaurados pelas respetivas autoridades.